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quinta-feira, 27 de março de 2014

Após a dissolução do governo da Ucrânia por movimentos populares, que segundo alguns contaram com apoio e financiamento de países ocidentais, devido a intenção de aproximação com a Rússia e não a União Europeia, o novo governo ucraniano passa a se aproximar dos ocidentais através de empréstimos financeiros com o FMI que irão impactar, como sempre no sistema neoliberal, na população que terá de arcar com os cortes nas questões sociais, bem como no aumento de impostos e juros.

A grande pergunta é: a quem interessava essa aproximação com a União Europeia? A resposta se apresenta rapidamente com as medidas de austeridade assinadas esta semana entre a Ucrânia e o FMI. Novamente um governo eleito democraticamente e legítimo é derrubado por um golpe que movimenta diferentes setores da população e ideologias, em prol do interesse capitalista e lucrativo de muitos poucos. 






27/03/2014 - 17h27 | Redação | São Paulo

Parlamento ucraniano aprova medidas de austeridade exigidas pelo FMI

Depois de inicialmente ter votado contra as medidas de austeridade exigidas pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) em troca de ajuda financeira, o parlamento da Ucrânia aprovou nesta quinta-feira (27/03) uma lei a favor do pacote de cortes de gastos.
“A decisão que temos que tomar é extremamente impopular”, disse o líder nacionalista Oleh Tyaynibok ao parlamento. “Mas se essa decisão não for tomada, o presidente Vladimir Putin vai comemorar que a coalizão se dividiu”.
Os ucranianos vão pagar caro pelo empréstimo do FMI, que anunciou hoje ter chegado a um acordo com o novo governo. Os salários e as aposentadorias do funcionalismo serão congelados e os preços do gás vão aumentar -- 50% para a população, a partir de 1° de maio, e 40% para a indústria, a partir de 1° de julho --, conforme antecipou ontem a companhia local Naftogaz.
Além desses cortes, o FMI quer que as novas autoridades de Kiev adotem uma política cambial mais flexível. De acordo com o fundo, devem ser emprestados entre US$ 14 e 18 bilhões ao governo, chegando a US$ 27 bilhões em dois anos. A primeira parcela do empréstimo deve ser paga no final de abril.
O chefe da missão do FMI na Ucrânia, Nikolai Georgiev, declarou que os programas sociais para os mais pobres vão ser ampliados, para beneficiar 30% da população. Estão igualmente previstas medidas de combate à corrupção, "para que a Ucrânia tenha um crescimento sustentável", segundo o FMI.
O novo governo da Ucrânia, que tomou o poder quando o presidente Viktor Yanukovich foi deposto depois de meses de protestos de rua, disse que precisa desesperadamente de dinheiro para cobrir as despesas, incluindo as importações de gás e evitar um possível default da dívida. O primeiro-ministro Arseny Yatsenyuk falou que o país está “à beira da falência econômica e financeira” e que sua economia pode cair 10% neste ano, ao menos que medidas urgentes sejam tomadas.
No ano passado, a economia ucrania registrou um crescimento nulo, enquanto em 2012, o PIB (Produto Interno Bruto) havia crescido apenas 0,2%. No final de novembro, Yanukovich disse que as condições "draconianas" do FMI para outorgar um novo crédito foram a gota d'água para que ele suspendesse a assinatura do Acordo de Associação com a União Europeia.

Fonte: http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/34568/parlamento+ucraniano+aprova+medidas+de+austeridade+exigidas+pelo+fmi+.shtml

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