Metamorfoses Históricas: História, livros, músicas, cinema e motos!

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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Mundo virtual ou mundo real? Mundo real ou virtual? 

As crescentes mudanças tecnológicas vem provocando mudanças no cotidiano das pessoas, especialmente aquelas que interagem na rede mundial de computadores e mantém suas páginas de redes sociais. 
Até que ponto a realidade virtual está se tornando real para estes usuários? Até que ponto as relações humanas passam a ser mediadas pelas novas tecnologias de informação? Que sociedade está se formando: mais solidária ou cada dia mais individualista? 
Questões que movem pesquisadores pelo mundo afora, discutindo os impactos destes processos na sociedade e no cotidiano. Você, consegue passar um dia sem acessar suas contas pessoais na internet? Ou você deixa de participar de alguma atividade para ficar conectado? Ou você não interage pessoalmente, preferindo o contato virtual? 


19/11/2012 - 03h30

Estudos reabrem debate sobre o impacto de redes sociais na vida das pessoas

ALEXANDRE ARAGÃO de SÃO PAULO

Qual o impacto das redes sociais na vida das pessoas? Elas nos aproximam ou nos afastam?
A discussão, que mobiliza acadêmicos desde que Orkut e Facebook se tornaram populares, ganhou novos capítulos recentemente, com o lançamento de dois livros de teorias opostas.
SOCIAL OU ANTISSOCIAL?
Ilustração Pablo Mayer
De um lado estão o sociólogo Barry Wellman, da Universidade de Toronto, e Lee Rainie, diretor do instituto Pew. Eles são autores de "Networked: The New Social Operating System" ("Em Rede: O Novo Sistema Social", sem edição em português), no qual defendem que esses sites são elementos de união.
Do outro lado, Andrew Keen, historiador, empreendedor pioneiro do Vale do Silício e autor de "Vertigem Digital", no qual procura explicar por que as redes sociais estão "dividindo, diminuindo e desorientando" seus usuários.

"REVOLUÇÃO TRIPLA"
Wellman e Rainie recorrem a pesquisas sobre o uso de tecnologia nos EUA, produzidas pelo instituto Pew, para argumentar que a sociedade está ficando mais integrada por três fatores, que eles definem como "revolução tripla".
Divulgação
O sociólogo Barry Wellman, professor da Universidade de Toronto e coautor de "Networked" ao lado de Lee Rainie
O sociólogo Barry Wellman, professor da Universidade de Toronto e coautor de "Networked" ao lado de Lee Rainie
O primeiro, do qual a web é peça-chave, é a substituição de grupos sociais coesos por redes interligadas entre si por vários indivíduos.
"No passado, as pessoas tinham círculos sociais pequenos, fechados, nos quais familiares, amigos próximos, vizinhos e líderes comunitários formavam uma rede de proteção e ajuda", escrevem os autores. "Este novo mundo de individualismo conectado gira em torno de grupos mais soltos e fragmentados que oferecem auxílio."
Segundo eles, completam essa "revolução" o aumento do acesso à banda larga e o uso disseminado de smartphones e tablets.
"Dizem que as redes sociais desagregam, mas não há nenhuma evidência sistemática de que isso esteja, de fato, ocorrendo", afirma Wellman, em videoconferência com a Folha.
Divulgação
O historiador Andrew Keen, autor de "Vertigem Digital"
O historiador Andrew Keen, autor de "Vertigem Digital"

PRISÕES DE LUXO
Já Andrew Keen utiliza como alegoria de sua tese uma prisão do castelo de Oxford que foi transformada em hotel cinco estrelas. Nela, um átrio central permitia que todos os prisioneiros fossem vigiados --hoje, as antigas celas viraram quartos luxuosos.
Para ele, assim são as redes sociais: parecem hotéis cinco estrelas, mas não passam de cadeias em que um preso vigia o outro constantemente. "Muito da minha conclusão foi derivado do meu próprio uso de redes sociais", afirma, por e-mail.
O uso que fazemos das redes sociais, diz, serve para nos manter ligados a nossas identidades virtuais, o que nos faz deixar de lado as reais.
Para Keen, uma frase de Sherry Turkle, professora do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), resume sua opinião: "Entramos em rede porque estamos ocupados, mas acabamos passando mais tempo com a tecnologia e menos uns com os outros".
*

AS REDES EM USO

273
é o número médio de amigos que os brasileiros têm em redes sociais
91%
dos brasileiros com acesso à internet têm perfis em alguma rede social
69%
dos adultos que usam internet nos EUA têm perfis em redes sociais
92%
é para quanto sobe a porcentagem entre a população de 18 a 29 anos
Fontes: comScore, Ibope Mídia e Pew Research Center
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/tec/1186647-estudos-reabrem-debate-sobre-o-impacto-de-redes-sociais-na-vida-das-pessoas.shtml

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Infelizmente a Faixa de Gaza novamente passa por momentos de violências e intolerância. Israel retoma sua política de opressão aos povos palestinas, gerando miséria, feridos e mortos, sempre em maior quantidade ao povo palestino. A força desproporcional do Exército israelense gera uma batalha desigual, sem a devida intervenção internacional. Uma omissão devido ao apoio dos Estados Unidos que mantém a política de apoiar o Estado de Israel. Um caminho que pode levar a um conflito em maior escala, devido a extensão do conflito e suas repercussões...

Objetivo do ataque é mandar Gaza para Idade Média, diz vice-premiê de Israel

EUA acusam palestinos de serem os responsáveis pelos bombardeios israelenses                                                               
17/11/2012 - 17h35 | Fillipe Mauro | Redação

Efe
O vice-primeiro-ministro de Israel, Eli Yishai, alegou neste sábado (17/11) que o objetivo da operação é “mandar Gaza de volta para a Idade Média” para que seu país “tenha tranquilidade por 40 anos”.
As declarações surgem no momento em que Israel faz seus últimos preparativos para uma invasão terrestre contra o território palestino. Ainda nesta madrugada, bombardeios da Força Aérea Israelense destruíram a sede do movimento de resistência Hamas e o gabinete do primeiro-ministro do país, Ismail Haniya.
Em Tel Aviv, centro financeiro e comercial de Israel, centenas protestaram contra a chamada “Operação Pilar Defensivo”, que eclodiu na última quarta-feira (14/11) com a morte do até então líder militar do Hamas, Ahmed Jabari.
Também neste sábado, um oficial de segurança e comunicação militar do governo dos EUA disse à imprensa que “os israelenses tomarão decisões táticas e operacionais sozinhos”. Segundo Ben Rhodes, o governo de Barack Obama “quer o mesmo que Israel”, isto é, “o fim do lançamento de foguetes de Gaza”.
Rhodes, que acompanha o presidente norte-americano Barack Obama em uma viagem pela Ásia colocou em dúvida as origens dessa nova série de conflitos e disse que é pouco provável que a tensão tenha surgido à partir da morte de Ahmed Jabari. "Achamos que o fator desencadeante do conflito foi o lançamento de foguetes procedentes de Gaza. Acreditamos que Israel tem o direito de se defender e de tomar suas próprias decisões", argumentou.
Efe
O gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu já autorizou que cerca de 75 mil oficiais israelenses da reserva sejam convocados pelas Forças Armadas. Números apurados por agências de notícias apontam que, após quatro dias de troca de agressões, já são 38 os palestinos mortos e três os israelenses.
Ataque bárbaro
O secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al Araby, pediu neste sábado que  todas as iniciativas para encerrar conflitos com Israel sejam revistas. No início de uma reunião extraordinária dos ministros árabes de Relações Exteriores no Cairo, ele destacou que "os crimes cometidos contra Gaza não podem ficar impunes porque são crimes de guerra" e considerou que os últimos atos de violência são "outros capítulos da ocupação israelense". Al Araby também concordou em viajar a Gaza nas próximas horas, chefiando uma delegação diplomática.
"Não haverá paz nem estabilidade enquanto a ocupação israelense continuar", destacou o secretário-geral da Liga Árabe, que pediu a união das diferentes frentes de resistência da Palestina.
Os chefes das diplomacias árabes devem analisar um projeto de resolução que condena "a permanente agressão israelense à Gaza". De acordo com fontes ouvidas pela Agência Efe, o mesmo documento julga a “Operação Pilar Defensivo” como "um ataque bárbaro, que fere princípios de legalidade internacional e de direitos humanos".
A reunião dos titulares das Relações Exteriores foi atrasada em algumas horas para aguardar a chegada do ministro tunisiano, Rafik Abdel Salam, ao Cairo. Ele repetiu o gesto de solidariedade do premiê egípcio Hisham Kandil e visitou a Faixa de Gaza.
O bloco apoia os esforços do Egito enquanto mediador do conflito e exigiu do Conselho de Segurança das Nações Unidas que trabalhe pela preservação da paz mundial (sua função primordial segundo a Carta de São Francisco, tratado fundador da ONU).
Uma das expectativas é de que os chanceleres presentes no encontro respaldem a ANP (Autoridade Nacional Palestina) em sua tentativa de recorrer à Assembleia Geral das Nações Unidas para obter o reconhecimento de Estado observador.
Fonte: http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/25486/objetivo+do+ataque+e+mandar+gaza+para+idade+media+diz+vice-premie+de+israel.shtml

terça-feira, 20 de novembro de 2012


Construindo o Dia da Consciência Negra

O 20 de novembro trata da data do assassinato de Zumbi, em 1665, o mais importante líder dos quilombos de Palmares, que representou a maior e mais importante comunidade de escravos fugidos nas Américas, com uma população estimada de mais 30 mil. Em várias sociedades escravistas nas Américas existiram fugas de escravos e formação de comunidades como os quilombos. Na Venezuela, foram chamados de cumbes, na Colômbia de palanques e de marrons nos EUA e Caribe. Palmares durou cerca de 140 anos: as primeiras evidências de Palmares são de 1585 e há informações de escravos fugidos na Serra da Barriga até 1740, ou seja bem depois do assassinato de Zumbi. Embora tenham existido tentativas de tratados de paz os acordos fracassaram e prevaleceu o furor destruidor do poder colonial contra Palmares.


Há 32 anos, o poeta gaúcho Oliveira Silveira sugeria ao seu grupo que o 20 de novembro fosse comemorado como o "Dia Nacional da Consciência Negra", pois era mais significativo para a comunidade negra brasileira do que o 13 de maio. "Treze de maio traição, liberdade sem asas e fome sem pão", assim definia Silveira o "Dia da Abolição da Escravatura" em um de seus poemas. Em 1971 o 20 de novembro foi celebrado pela primeira vez. A idéia se espalhou por outros movimentos sociais de luta contra a discriminação racial e, no final dos anos 1970, já aparecia como proposta nacional do Movimento Negro Unificado.

A diversidade de formas de celebração do 20 de novembro permite ter uma dimensão de como essa data tem propiciado congregar os mais diferentes grupos sociais. "Os adeptos das diferentes religiões manifestam-se segundo a leitura de sua cultura, para dali tirar elementos de rejeição à situação em que se encontra grande parte da população afro-descendente. Os acadêmicos e os militantes celebram através dos instrumentos clássicos de divulgação de idéias: simpósios, palestras, congressos e encontros; ou ainda a partir de feiras de artesanatos, livros, ou outras modalidades de expressão cultural. Grande parte da população envolvida celebra com sambão, churrasco e muita cerveja", conta o historiador Andrelino Campos, da Faculdade de Formação de Professores, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Para a socióloga Antonia Garcia, doutoranda do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, é importante que se conquiste o "Dia Nacional da Consciência Negra" "como o dia nacional de todos os brasileiros e brasileiras que lutam por uma sociedade de fato democrática, igualitária, unindo toda a classe trabalhadora num projeto de nação que contemple a diversidade engendrada no nosso processo histórico

Fonte: http://www.planalto.gov.br/seppir/20_novembro/noticias/not2.htm