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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Consulado americano classificava brasileiros como personagens de cinema

As representações sobre o  Brasil e sua população são as mais variadas pelo mundo afora, bem como nós também temos nossas imagens e representações dos países estrangeiros. A matéria abaixo é um exemplo de como as visões estereotipadas se mantém mesmo dentro das estruturas dos Estados. Se fosse quiser entrar nos Estados Unidos, tome cuidado como vai se apresentar no Consulado! 

Um documentário interessante é "olhar estrangeiro" de Lúcia Murat, lançado em 2006, que faz uma análise dos filmes produzidos pelo cinema internacional sore o Brasil.


Consulado americano classificava brasileiros como personagens de cinema1 de fevereiro de 2011 às 17:11h

Os trabalhadores que pediam visto temporário poderiam ser descritos como bons, maus ou feios

Documento do consulado americano de São Paulo, divulgado pelo site  WikiLeaks,  mostra que brasileiros que buscam vistos temporários de trabalho são classificados internamente como personagens de filme.

De acordo com o página da web, no despacho datado de dezembro de 2005 o ex-cônsul-geral Christpher J. McMullen classifica aqueles que solicitam a autorização com os adjetivos “bom”, “mau” e “feio”. Mullen usa como referência o filme “The Good, The Bad and The Ugly”, de Sergio Leone.

Clint Eastwood seria o “bom” que no filme trata-se de um pistoleiro, refinado e ético, já no consulado refere-se aos jovens de classe média, que frequentaram boas escolas e que pretendem sair do País para trabalharem temporariamente em hotéis ou estações de esqui com o objetivo de aperfeiçoarem a língua inglesa, até retornarem ao Brasil.

O “mau”, que é desprovido de ética, seriam parentes e amigos daqueles que saíram ilegalmente em busca de empregos modestos como peixeiros ou lavadeiras. Esses representariam o maior risco, já que com o visto temporário em mãos  dificilmente voltariam ao Brasil.

Já o “feio”, que na película é rude e descuidado, seriam os pobres, que segundo o documento, deixam de gastar com coiotes – pessoas que cobram até US$ 10 mil para fazer a travessia de imigrantes ilegais pela fronteira do México – para gastarem com petições de trabalho falsas que custam um terço do valor. Esses, ao conseguirem a autorização, invariavelmente desaparecem juntamente com os imigrantes ilegais brasileiros de Massachussets.

O documento afirma ainda que naquele ano, 49% dos pedidos de visto de trabalho, entre os meses de janeiro a novembro de 2005, foram negados.

Leia no Blog de Natalia Viana, do WikiLeaks : http://cartacapitalwikileaks.wordpress.com/

Fonte: http://www.cartacapital.com.br/politica/consulado-americano-classificava-brasileiros-como-personagens-de-cinema

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