Metamorfoses Históricas: História, livros, músicas, cinema e motos!

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sexta-feira, 26 de julho de 2013

Muitas são as teorias, muitas delas comprovadas cientificamente, que defendem determinadas ações ou práticas humanas como sendo inatas, ou seja, nós nascemos com elas. Existem também os cientistas que buscam refutar tais estudos, buscando construir novas teses e teorias a partir de novos estudos. 

A questão dos seres humanos realizarem guerras é tratada ainda por muitos como algo inato ao ser humano. Embora as evidências e livros de história mostrem que as sociedades humanas realizam guerras por territórios, fontes de água, energia, alimentos, ganância, ódio e tantos outros motivos, a guerra não é algo inato do ser humano, mas sim uma construção cultural que muitas vezes é natualizada, como nos mostra o texto a seguir. 

Atualmente, além de outras razões, a guerra movimenta uma indústria que gera trilhões de doláres por ano, que é a indústria armamentista. Neste cenário, quanto mais guerra melhor para esta lógica trágica e que gera milhares de mortes e mutilados a cada ano, mas ao mesmo tempo gera um lucro crescente para uma indústria que continua em expansão. 

A guerra de inata e natural do ser humano não tem nada. O que tem é o eterno desejo da ganância, ambição e individualismo que marcam cada vez as sociedades modernas capitalistas.

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Guerra não é herança evolutiva dos humanos

Pesquisadores concluem que a prática do confronto não é inata nem inevitável

 Por John Horgan

Uma das mais insidiosas ideias modernas sustenta que a guerra é inata, uma adaptação criada em nossos ancestrais pela seleção natural. Essa hipótese – vamos chamá-la de “Teoria da Guerra com Raízes Profundas” – já foi promovida por intelectuais respeitáveis como Steven Pinker, Edward Wilson, Jared Diamond, Richard Wrangham, Francis Fukuyama e David Brooks.

A Teoria das Raízes Profundas aborda não apenas a agressão humana violenta em geral, mas uma manifestação específica dela, envolvendo ataques de um grupo contra o outro.

Os adeptos da teoria frequentemente argumentam que – por mais belicosos que sejamos atualmente – nós éramos ainda mais belicosos antes do advento da civilização.

 Pinker alega em seu bestseller, Better Angels of Our Nature (Os anjos bons de nossa Natureza, em tradução livre), que “ataques e disputas crônicas caracterizam a vida em um estado natural” . Em The Social Conquest of the Earth (A Conquista Social da Terra), Wilson chama a guerra de “maldição hereditária da humanidade”.

A Teoria das Raízes Profundas se tornou extraordinariamente popular, especialmente considerando as evidências para ela são extraordinariamente fracas.

A cena do “macaco assassino” no filme de Stanley Kubrick, 2001: Uma Odisséia no Espaço (1968).

Um estudo publicado em 18 de julho na Science, “Lethal Aggresion in Mobile Forager Bandas and Implications for the Origins of War”, fornece contra-evidências para a Teoria das Raízes Profundas.

Os autores do estudo, os antropólogos Douglas Fry e Patrik Soderberg da Universidade Abo Akademi, na Finlândia, declaram que seus descobertas “contradizem afirmações recentes de que coletores nômades se engajavam regularmente em guerras de coalisão contra outros grupos”.

Fry e Soderberg se concentram em bandos de coletores com grande mobilidade, também chamados de caçadores-coletores nômades, porque se acredita que seu comportamento forneça uma janela para a evolução humana.

Nossos ancestrais viveram como coletores nômades desde a emergência do gênero Homo há cerca de dois milhões de anos até aproximadamente 10 mil anos atrás, quando humanos começaram a plantar, domesticar animais e se estabelecer em sociedades hierárquicas mais complexas.

Fry e Soderberg examinaram dados de violência mortal em 21 sociedades coletoras observadas por etnógrafos.

As sociedades incluem os Aranda e Tiwi, da Austrália, os Kaska, Kitlinermiut, e Montagnais da América do Norte; os Botocudo da América do Sul, os Kung, Haza e Mbuti da África; e os Vedda e Andamanese do Sul do Ásia.

Fry e Soderberg regisram um total de 148 “eventos de agressão letal” nessas sociedades.

Os pesquisadores distinguem entre a violência envolvendo pessoas que pertencem ao mesmo grupo, frequentemente aparentados, e a violência entre pessoas em grupos diferentes. Eles também distinguem entre a violência envolvendo apenas um perpetrador e vítima e a violência envolvendo pelo menos dois assassinos e duas vítimas.

Essas distinções são cruciais, porque a guerra, por definição, é uma atividade em grupo.

Os defensores da teoria "raízes profundas" frequentemente consideram todas as formas de violência mortal, não apenas a violência em grupo, como evidência para sua teoria. (Eles frequentemente também contabilizam a violência em sociedades que praticam a horticultura, como os Ianomami da Amazônia, mesmo que a horticultura seja uma invenção humana relativamente recente.)

Das 21 sociedades examinadas por Fry e Soderberg, em três não encontraram registro de morte de nenhum tipo, e em 10 não havia mortes provocadas por mais de um perpetrador.

Em apenas seis sociedades os etnógrafos registram mortes que envolveram dois ou mais perpetradores e duas ou mais vítimas. Uma única sociedade, no entanto, os Tiwi da Austrália, foi responsável por quase todas essas mortes em grupo.

Alguns outros pontos de interesse: 96% dos assassinos eram do sexo masculino.

Isso não é surpresa. Mas alguns leitores podem se surprender com o fato de que apenas duas de 148 mortes se originaram de luta por “recursos”, como áreas de caça, fontes de água ou árvores de frutos.

Nove episódios de agressão letal envolveram maridos matando esposas; três envolveram a “execução” de um indivíduo por outros membros de seu grupo; sete envolveram a execução de “estranhos”, como colonizadores ou missionários.

A maioria das mortes veio do que Fry e Soderberg categorizam como “disputas pessoais diversas”, envolvendo ciúmes, roubos, insultos e assim por diante. A causa mais específica de violência mortal – envolvendo perpetradores únicos ou múltiplos – foi a vingança de um ataque anterior.

Esses dados corroboram a teoria da guerra proposta por Margaret Mead em 1940.

Observando que algumas das sociedades coletoras simples, como os aborígenes australianos, podem ser belicosas, Mead rejeitou a ideia de que a guerra era uma consequência da civilização. Mas ela também descartou a noção de que a guerra fosse inata – uma “necessidade biológica”, como ela chamava – simplesmente ao apontar (como fazem Fry e Soderberg) que algumas sociedades não se engajam em violência entre grupos.

Mead (novamente como Fry e Soderberg) não encontrou evidências para o que poderia ser chamado de teoria malthusiana da guerra, que sustenta que a guerra é a consequência inevitável da competição por recursos.

Em vez disso, Mead propôs que a guerra é uma “invenção” cultural – no linguajar moderno, um meme, que pode surgir em qualquer sociedade, da mais simples até a mais complexa.

Uma vez que surge, a guerra frequentemente se auto-perpetua, com ataques de um grupo provocando retaliações e ataques preventivos de outros.

O meme da guerra também transforma sociedades, fazendo com que se tornem militarizadas e tornem a guerra mais provável.

Os Tiwi parecem ser uma sociedade que abraçou a guerra como modo de vida. Assim como os Estados Unidos da América.

A Teoria das Raízes profundas é insidiosa porque leva muitas pessoas a sucumbir a noção fatalista de que a guerra é inevitável. Errado. A guerra não é nem inata, e nem inevitável.

Fonte: http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/guerra_nao_tem_profundas_raizes_evolutivas.html

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Charges dos últimos dias: o que foi notícia retratada de forma bem humorada, mas sem perder a crítica (07 a 10 de julho de 2013).

Golpe Militar no Egito

Dilma e a UNE
Obama escutando políticos brasileiros
Dilma e Maduro escutados por Obama

Obama descobre que brasileiros estão sabendo de escutas

Políticos Ratos Enterram Plebiscito

Corruptos e os que lutam contra a corrupção

Inauguração de Médico

Dilma e a espionagem de Obama
Demagogia pura
Abastecimento com o dinheiro do cidadão

Dilma pega o Cinturão de Anderson Silva

É hora de mudar

Realidade dos protestos